terça-feira, 31 de março de 2009

Sobre aquilo.

A pretensão superior
de quem se julga capaz
de definir o amor
com três palavras ou mais
se faz vazia e simplista.

A artimanha, tão comum,
do poder de sintetizar
um sentimento, só mais um,
porém complexo e plural
está fadada a fracassar.

Talvez porque no vai-e-vem
de quem tudo quer e nada tem,
tudo vem e nada comove
o gélido imaginário
conservador e conformista.

O homem médio só é médio
se não consegue resolver
a equação mais importante;
simples conta a fazer.

Numa ponta, o amor
e na outra, a solidão;
se compara toda a dor,
o deserto, o sim e o não,
e se chega à conclusão:

Não se brinca com o tema,
e não será um medíocre poema
que vai curar mais esta dor
ou resolver a questão.

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