A ambigüidade entre o que se pensa
e o que se faz, se manifesta de forma
a tolir qualquer resto de auto-estima
e sentimento de credibilidade própria.
Ambigüidade com trema pra quem
diz que não treme quando colocado
em cheque numa bifurcação
de ritmos diferentes de encarar o tempo.
O vento despenteia os organizados
cabelos de lucidez da personalidade
de alma ambígua e dispersa,
e nada resta a seguir.
Seguindo a linha do instinto feroz
dos altos e baixos de almas cruas,
mulheres nuas povoam o imaginário
ambíguo de quem tudo tem e nada quer.
Também nada faz para ter;
apesar de muito querer por dentro,
não encontra o centro do pensamento,
ambiguamente perdido em seu interior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário