quarta-feira, 19 de maio de 2010

Carne.

Te procuro por todos
os atalhos da cidade,
por todas as barreiras
de verdade, e a falsidade
não mais me interessa
quando a pressa
pelo importante,
triunfante desfecho,
tranquilizante beijo,
é morfina para a minha dor.

Já perdi o pudor,
só me resta o amor
pelo que faço, no compasso
dos batimentos; mandamentos
da alma de alguém que gosta
do amargo sabor do real vivido,
do labirinto infinito
que representa o mosaico
de cenas pontuais; aventuras carnais
que já não me satisfazem mais.

2 comentários:

  1. Ser teu pão, ser tua comida
    Todo amor que houver nessa vida
    E algum veneno antimonotonia

    E se eu achar a tua fonte escondida
    Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
    E o corpo inteiro como um furacão
    Boca, nuca, mão e a tua mente não

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  2. Eu amei o seu comentário!!

    Fiquei emocionada!!

    Sniff!

    :P

    Obrigada!

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