Tu me roubas a paz,
eu tomo-te o resto
de falsa inocência,
porque não presto
-tu sabes muito bem-
em momentos de carência
afetiva ou numa noite
supostamente festiva.
Tu custas a entender
todo o processo que leva
ao exorbitante montante
desta conta que nunca
termina, só aumenta;
alimenta uma fantasia
de pouco valor,
muita pseudo-alegria
e horas e horas de dor.
Tu desenvolves um pavor
de contato direto
e provocas um mecanismo
de auto-isenção
de responsabilidade
pelo nítido déficit
de companheirismo,
carinho e amor.
Tu mascaras, com promessas,
teus intoleráveis erros
de improvável precisão
cirúrgica; inacreditáveis
eventos acidentais
para alguém que só dá
passos firmes
na já traçada direção.
achei enteressante a forma como vc usou termos metalinguistico para criar esse poema, mas o final é glorio, quase um tapa no rosto para um pessimo entendedor:
ResponderExcluir"inacreditáveis
eventos acidentais
para alguém que só dá
passos firmes
na já traçada direção."
fabuloso, digno, muitooooo bom, adorei...
boa sanches.
ResponderExcluircomprei os ingressos pra vc e pro velho pro show de sexta. consegui comprar meia.
abraço.