quinta-feira, 1 de julho de 2010

Alma.

Não consigo ser verdadeiro
contigo, não flui o discurso;
minha rota de incostantes palavras
desvia seu percurso para o abstrato
caminho de signos dúbios, fluidos
reflexos de uma personalidade
incompatível com a vontade
da tua alma.

Não te peço paciência, apenas
calma com essas pequenas
naturais farpas de uma escultura
que ainda não foi terminada
pelo artista imerso em cultura
e inexperiência; postura firme,
rígida nuance de ansiedade
daquele que tem tudo a perder.

Ao teu lado, espero muito
aprender; apreensivo,
sigo o rumo da prudência;
conservador que sou, protejo
minhas coisas e esqueço
da essência, raiz de todos
os nós; e percebo que somente
a sós consigo entender.

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