terça-feira, 13 de julho de 2010

Jamais.

Tô rouco de dizer, mas disse
muito pouco do que precisava;
tu ficas surda, torna-te brava
p'ra não teres que ouvir uma
palavra sequer; e não queres
responder, nem expor, a real
medida; dose imoral de partida.

Já começas gritando, encenando,
demonstrando todo teu poder
de overacting; tuas mentiras,
a mim, são inférteis, só
provocam minha ira, evocam
os pensamentos mais sombrios,
os mais vazios sentimentos.

Meu lamento é enorme, diante
deste quadro mal-pintado
de polígonos mal-traçados,
devaneios mal-sonhados, pouco
planejados e projetados no atual,
factual panorama de decepção,
muita culpa e nenhum perdão.

4 comentários:

  1. uai, mas eu nem ia encarnar nele....

    é um belo poema

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  2. É.. Pura ingenuidade achar que consegue-se mudar alguém gritando.. O máximo que se consegue é calar esse alguém ou fazê-lo gritar também.. No fim nada muda.

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  3. ...muita culpa e nenhum perdão.

    isso resume muita coisa e muita gente meu caro amigo.

    Nos mesmos talvez?

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  4. o perigo quando ficamos roucos...
    é nos convencer que não vale mais - tentar - falar

    bjsssss

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