Afrouxar esse nó; deixar
de ser frouxo de uma vez
por todas; provar, por si
mesmo, o doce gosto da fiel
continuação do esqueleto
que mal saiu do papel; assinar
a reconstrução (sem fim) da natural
estrutura, defeituosa, mas, desde já,
dura na queda, madura, segura da meta.
Ativar a briosa faceta, dolorosa
negociata com a vertente mais sombria
da psiquê; conquistar as petrificadas
partes da fatal morosidade do orgulho
próprio, momento final da enchente
de vazio significativo, indicativo
de roteiro errado; faceiro, falso recado
escrito em agradáveis signos de um passado
distante, remoto e sempre insistente.
Encarar de frente; combinar as cores;
conquistar melhores causas; abraçar
mais nobres sonhos; beijar a lona,
por vezes; acariciar o destino;
trepar com força na vida, no topo;
aproveitar a caminhada; pegar ritmo;
sentir o deleite de ser, existir; ralar,
transpirar, imaginar; ignorar as dores, gritar,
cantar; (re)conhecer vivos amores; gozar e gozar.
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