sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bill.

Billy, the fire, burns;
queima como queimada na fauna
intestinal; aflora tudo
o que é desconforto externo,
interno, paralelo; rejeita
a travessa de frutos silvestres
e a carne virgem e macia.

À noite, repousa o tronco;
tora verde, não-combustível
a esse fogo iminente
que, quando vem, torra tudo
o que vê pela frente, por trás
dos panos, cortinas, lençóis;
fervente energia equivalente
a nove sóis a pleno vapor.

Não sente dor, nem prazer;
apenas mantém as vitais funções;
a duras penas, obtém permissões
de parcial usufruto do corpo
que habita, do espaço que orbita,
da alma que, livre, levita
no antigo cenário de carnais
diversões, inúteis ilusões;
questões como "ser ou morrer".

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