terça-feira, 11 de junho de 2013

Sabor.

O efêmero saiu
de moda; a roda-
-vida [vívida]
nunca quis tanto
ser perpétua:
é nítida nota
e não dá sinal
de trégua.

Quiçá dinâmica,
não poderá dar-se
o prazer de olvidar-se
da lâmina-regra,
gangorra-guia
de todas as sílabas,
e a saciedade
de recordar é viver.

É natimorto o descartável;
e aquele que não se mova,
não se comova do espelho-
-raiz, ou não busca ser feliz -
pois é legítimo o asco de causas
perdidas - ou prefere perecer
de dentro: pelos quais, lamento.

Centro-me, então, a cruéis
desventuras; repassadas
no bojo moderno [meu, teu]
de ser, restauradas molduras
dão firme objeto; passos
concretos à incompletude;
não-sábia: saborosa.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Nota aos leitores:


Mais de uma centena de poemas deste blog serão reunidos, com algumas peças inéditas, em livros impressos e digitais. Informações sobre títulos, sites para venda e lançamentos serão postadas neste espaço no momento em que se confirmarem. Por conta deste projeto, os poemas que serão publicados no primeiro livro, que tem lançamento previsto para agosto de 2013, foram retirados do blog.