Guardes teu receio; é, pois,
tudo teu; todo o meu anseio
de vida, toda iniciativa
e partida; aquele plano
de fuga às amarras.
Mostres o que fizeste
de ti, toques, a mim, o si
da tua flauta, como nunca
tocaste e mostres tua melodia.
Já é dia, não é hora, pouco
importa; nossa noite invade
a linha, embala a valsa da redenção.
Esqueças o não, nunca
te sintas sozinha, se não quiseres.
Sintas a brisa matutina.
É a estrela magna mostrando-te
o caminho, nosso ninho iluminado.
Deixes que te toques
a esperança, que te invadas
somente a boa lembrança.
Atropeles as derrotas, dês
notas florais aos ruídos, assines
os fluidos naturais bem-vindos
ao teu conforto.
Faças disso tua meta, arrisques
tudo a cada pisque, fujas
do módico, percebas o entorno,
largues que falem, te permitas
que ouças e me deixes levar-te comigo.
Todos deveriam ler este teu poema, meu caro Felipe.
ResponderExcluirBelo.
Fique em paz,
Amanda.
Uma bela safra de poesia nesses últimos dias, Sanches. Agora é só deixar envelhecer e engarrafar. Abraço!
ResponderExcluir