segunda-feira, 7 de julho de 2014

O professor.

O professor: mestre
do miolo alheio, muito
alheio aos exaustos
olhos de esperar todo
o ato; um trato
formado entre o Estado
e o ego.

De muito absorto, cego;
de longe, certo; de perto,
refém do ultimatos
acadêmicos; dos pensamentos
endêmicos que, vis, desvelam
a mais íntima de suas personas.

Um solitário masturbador
de ideologias roubadas;
seu alvo é a imparidade e,
controverso que é, provoca
fundamentais intelectuais
repulsas; espasmos indesejáveis.

3 comentários:

  1. Os melhores professores são aqueles que te ensinaram a desaprender.

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  2. Uma imagem um pouco distorcida do professor...não? No tempo, ensinavam e tínhamos o maior respeito por ele...As coisas mudaram assim tanto?
    Abraço
    Graça

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    Respostas
    1. A resposta para a sua primeira pergunta é sim. Mas, em momento nenhum o sujeito do poema demonstra desrespeito à figura do professor. Muito pelo contrário, sua figura é tão respeitada que, se você se atentar bem aos últimos versos, verá que o sujeito enaltece o seu poder transformador.

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