tag:blogger.com,1999:blog-3831712255459039774.post222009418065206151..comments2023-11-08T05:45:13.827-03:00Comments on Poesia de Padaria: Poeira.Felipe Sancheshttp://www.blogger.com/profile/08998727003884201013noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-3831712255459039774.post-62585575698608921912014-05-18T01:54:01.339-03:002014-05-18T01:54:01.339-03:00o que seria da poesia se não houve o depois de ama...o que seria da poesia se não houve o depois de amanhã?<br /><br />um abraço<br /><br />Mewlana Jalaluddin Rumi - A Stone I died<br /><br />A stone I died and rose again a plant;<br />A plant I died and rose an animal;<br />I died an animal and was born a man.<br />Why should I fear? What have I lost by death?<br /><br /><br />Alexander Pope - Eloisa to Abelard [excerpt]<br /><br />In these deep solitudes and awful cells,<br />Where heav'nly-pensive contemplation dwells,<br />And ever-musing melancholy reigns;<br />What means this tumult in a vestal's veins?<br />Why rove my thoughts beyond this last retreat?<br />Why feels my heart its long-forgotten heat?<br />[...]<br />How happy is the blameless vestal's lot!<br />The world forgetting, by the world forgot.<br />Eternal sunshine of the spotless mind!<br />Each pray'r accepted, and each wish resign'd.<br /><br /><br />Nelson Rodrigues - Reze Menos Por Mim [excerto]<br /><br />Qualquer um tem seus íntimos pântanos, sim, pântanos adormecidos. É preciso não despertá-los. Mas certos acontecimentos acordam a lama do seu negro sono. Quando isso acontece, a alma começa a exalar o tifo, a malária, e a paisagem apodrece. Justamente, a morte de Guimarães Rosa tocou meu íntimo e inconfesso pântano. Vivo, ele nos agredia e humilhava com a sua monumental presença literária. Certa vez, ouvi o Otto Lara Resende dizer, na TV Globo: — “O genial João Guimarães Rosa”. Além de chamá-lo “genial”, ainda lhe punha, por extenso, o nome. Eu estava em casa. Detestei o Otto e pensei, desfeiteado: — “Uma besta, esse Otto”. No dia seguinte estava eu dizendo, não sei a quem, que o “Grande Sertão” tinha muito de gratuito, de incomunicável; e linguagem do autor, que ninguém entendia, era uma audição para surdos. E, súbito, num domingo, morria Guimarães Rosa. A notícia deu-me um alívio, uma brusca e vil euforia. É fácil admirar, sem ressentimento, um gênio morto.[...] Há qualquer coisa de árido, ou de vazio, ou de humilhante, na morte natural do grande homem. Pois Guimarães Rosa, com um puro e convencional enfarte, mereceu a promoção frenética das tragédias de sangue.<br />ramonlvdiazhttps://www.blogger.com/profile/05891813151601932341noreply@blogger.com