segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A bola.

Aurora vespertina densa.
Quem pensa no céu limpo,
erra. É cinza a cor, de cima,
que traz a chuva a si.

Pessoas correndo, contemplando
o molhado cénario do prélio.
Nada sério, entre amigos
se dá a disputa sadia.

Enquanto é dia, rola o esférico.
Homérico momento de fervor
de hormônios brasileiros
correndo, certeiros, à bola.

Vem à mente a escola.
Saudosa lembrança pueril
de mentes já reféns dos
contratempos do dia-a-dia.

Homens-médios felizes.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A porta.

Tóc, tóc, tóc.

Me toca a mente
a imagem que, sempre,
por si só,
já é grandiosa.

Me vem a lembrança,
também a esperança,
do amanhã diferente.

A gente não sabe,
mas tudo que abre
uma vez, abre duas.

São suas as letras.
São minhas palavras.

Tóc, tóc, tóc.

A porta se abre.