terça-feira, 24 de novembro de 2015

Dessas bandas.

Do som, das notas, dos timbres;
de todo chambre que repousa em tons
a melodia dos dias-fumaça, das noites
de aromas incomuns; do quebra-cabeça
de toda raça reunida, dos sabores
que se experimenta de um lado
e dos dissabores revisitados do lado de lá.

Da comparsaria cotidiana, da derivação
de toda filosofia para o chão comum;
do trânsito de sensações, das lembranças
das cores; da travessia; das dores
guardadas em quadros, fotografias;
do mosaico na parede que traz muito mais
que estáticos momentos: desenha a vida.

Das ilustrações animadas, das vozes-
-surpresas, dos sorrisos sinceros; da brisa
que refresca a alma; do sossego construído;
das etapas de vida se revelando; dos olhares
intransitivos; do ímpeto objetivo; do desejo
se fortalecendo; da força vital, da energia;
da existência levada a sério, com leveza.

Das várias formas de fluxo; das caras diversões
baratas; do peso da prata, da banalidade-metal;
dos caminhos espontâneos; do jeito que se dá;
das companhias certeiras; das possibilidades
vindouras; da beleza das ruas; das emoções;
do caminho que ficou pra trás, que ensinou
novas letras; das tretas de sempre.

Das vibrações que absorvo dessas bandas.