Ganho saliência, e nada mais
me impede, nada me barra,
nada me amarra ao pé
do ouvido, ao verbo.
Ganho relevo, e tudo
me brinda, tudo arquiteta
para que eu sinta a vontade
de abrir-me à lauda irrequieta.
Ganho significância dentro de
mim, e tudo me aproxima
da essência, da ciência
do pleno arbítrio.
Tudo me nega
a vontade,
nada me
empresta
à eloquência;
Tudo me prende
à saliência da firma
de ser da gangorra o elo,
de ser da balança o prego
que prende, sustenta o peso,
que perpetua o equilíbrio de ser.