Não vamos falar
do que não se viu,
do que não se quer ver;
do que não curtiu no tempo.
Não vamos discutir o que não
aconteceu; o que projeta-se
no breu; de que se fala
por demais e muito
pouco se sabe.
Não vamos assumir
a conta alheia, a data
vindoura que jamais chegará,
a fala do tolo na praça central.
Não vamos falar de moral,
de finalidade, de total,
de regra geral, não
tracemos linhas
muito retas.
Nunca.