segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Rumo.

A sola do meu pé
revela quase trinta anos
de um zé qualquer
que, na escola,
fez planos que, agora,
não quer mais seguir.

A sorte de fugir
-na hora certa-
é a arte de fingir
que foi embora
sem visível alerta,
imprevisivelmente.

De repente,
o que, aparentemente,
ia bem, agora não tem
mais razão de existir;
não há mais como fluir
como antes, livremente.

O relógio aponta, e por mais
que seja uma afronta,
se faz lógico o desejo
de partida, sem beijo
de despedida,
e nada a comentar.

2 comentários:

  1. o tempo com dor de partida com experiência.
    tudo é válido, mesmo que não seja como o plano.
    outros projetos aparecem e de repente, melhores.
    e é assim.

    bjo

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