Foi abraçado, uma vez; na segunda
foi dado o grito - a passagem,
anunciada - a piada contada;
os dias se passaram e tudo
era rubro forte.
Foi atravessado; e o que restava
foi derrubado, reconstruído,
e foram deixadas pedras
no caminho, travando
o fluido trajeto.
Foi avisado, mas pouco se disse;
muito era esperado e se viu,
a sombra sumiu, era sol
p'ra toda nuvem, era
água a toda sede.
Foi agarrado; do seu canto frio,
puxado; seu pavio, já aceso
brilhava todas as noites,
sua lua era doce,
cheia de vida.
Foi amassado, como de xeque-
-mate; foi dado como morto,
foi dito torto, desiludido,
foi varrido da goma,
esvaziado o soma.
Foi finalizado aos vinte e nove
do segundo tempo, sendo
validado o gol de ouro,
suprimido o suplício,
apitado o final.
E o jogo não acabou.
apenas que: ♥
ResponderExcluirOlá, Felipe!
ResponderExcluirEntrei no seu blog por mera sincronicidade e li algumas de suas poesias: senti algumas pesadas, outras leves e numa outra hora, as duas coisas ao mesmo tempo. Poetizas agradavelmente.
Não deixarei de comentar que achei o título deste espaço inteligente, contundente e com uma pitada de humor super bacana.
Fique em paz,
Amanda.