segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aniversário.

Neste salão só há espaço
para o sincero desembaraço;
que o laço que nos une, assim
espero, seja imune ao cansaço;
que os estilhaços das quebradas
taças não machuquem nossas mãos.

Os vãos impulsos de euforia
são multicoloridos respingos pueris
nesse quadro pintado a incontáveis toques;
individuais enfoques do mesmo tema;
que o brilho do verniz desse poema
conserve em bom lugar tudo o que passou.

Um show cantado, falado, tocado,
apreciado e assistido por todos
os lados; apresentado em vários palcos;
em que os normais obstáculos
técnicos pouco valor tiveram,
em que prevaleceram calor e furor.

O amor estava presente; os objetos
trazidos como lembranças representaram
alianças imersas em carinho e respeito;
diversas personagens que levarei
para sempre em meu peito nas andanças
que, daqui pra frente, me embrenharei.

Como nada é perfeito, nem tudo ocorre
do planejado jeito, e o inesperado
efeito dessas mazelas, quando há
certeza do que se pretende, é a clareza
invadindo as janelas dos vindouros dias,
em que almas vazias não mais terão vez.

A fluidez do que se vê e sente
é a maior prova de que é corrente
a mesma visão; que todos retornarão
a este chão, e que outros ausentes
se sintam contentes e estimulados
a fazer parte do que ainda há por vir.

2 comentários:

  1. Muito bom Sanches!
    Curti o quinto parágrafo. Consigo relacionar com coisas que aconteceram comigo nesse começo de semana. Acho que estou aprendendo a ler poemas. Ou não..
    Feliz aniversário!

    ResponderExcluir
  2. Feliz aniversário fera!
    Muito bom o poema,bela visao sobre a festa...
    e qualquer coisa

    SOS ESQUENTA
    50491101
    ABRAÇO

    ResponderExcluir