Nenhum tipo de força
elevada, superior,
irá encurtar
minha caminhada,
diminuir o pesar
da jornada
de todas as noites.
Nem mesmo o fervor
do vinho tinto,
em meu estômago,
conseguirá atingir
o âmago do conflito,
ou calar o desesperado
grito de libertação.
A tentação é sutil;
o rio de sangue quente
que corre em minhas veias
se encarrega de multiplicar
todas as reais particularidades
de minha personalidade
já tão controvérsia.
Chega a madrugada, nua;
nada mais existe, senão
a inércia de ponderações
coerentes, condizentes
com o discurso falado;
permaneço calado, espero
pelo dia, minh'alma flutua.
Poesia de gente grande!
ResponderExcluirQue as pedras sejam só pedras e que a dor um alicerce. Abs meu caro.
ResponderExcluirSeja bem-vindo!
É meu amigo, tem noite em que não há vinho tinto que baste.
ResponderExcluirSerá que não há escuridões que devem ser colocadas sob o sol do meio-dia de um dia de verão e, ao invés de vinho, serem banhadas em água - fria, inodora e incolor?
ResponderExcluirContinue a explorar sua alma Lanches. Além de um um poeta do cotidiano tu és também poeta dos sentimentos secretos. Beijos.